sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Afetos Religiosos


Jonathan Edwards
(1703-1758)

Questões religiosas só nos interessam até o ponto em que nos afetam

Multidões ouvem a Palavra de Deus e a conhecem, mas ela será totalmente ineficiente e não fará diferença nenhuma no comportamento e no caráter de quem ouve se ele não for afetado pelo que ouvir. Muitos ouvem falar dos afetos gloriosos de Deus, de seu poder imenso, da sua visão ilimitada, da sua majestade infinita e da sua santidade. São ouvintes da infinita bondade e misericórdia de Deus, de Sua imensa sabedoria, poder e grandeza. Ouvem, especialmente, sobre o amor indescritível de Cristo e as grandes coisas que Ele fez e sofreu por nós. Escutam, ainda, as ordens claras de Deus e suas advertências bondosas e convites amorosos no Evangelho. Ouvem tudo isso, mas não ocorre qualquer mudança no coração nem no comportamento. Isso acontece simplesmente porque não foram afetados pelo que ouviram.

Ouso afirmar que jamais ocorrerá mudança de natureza espiritual se os afetos não forem tocados, Sem isso, nenhum ser humano natural buscará com seriedade a salvação. Não haverá luta com Deus em oração pela misericórdia. Ninguém se humilha aos pés de Deus sem ter visto, por si mesmo, sua própria decadência. Ninguém jamais será levado a procurar refúgio em Cristo enquanto seu coração não for afetado. De forma semelhante, nenhum santo abandonou sua frieza e falta de vida, nem se recuperou da apostasia sem ter o coração afetado. Em suma, nenhuma mudança significativa na vida acontece enquanto o coração não é profundamente afetado.

(Uma fé mais forte que as emoções, p.48-49. Ed. Palavra)

Extraido de:Soli Deo Gloria

Não sei conhecer-me


Existi dias em que acordo com um buraco enorme por dentro. 
Talvez seja de um tamanho  infinito,
Talvez caiba nele toda uma eternidade.
Quando o percebo, ponho-me a chorar sozinho.
- Se perguntando;  que é isso em meu peito?
Quando recobro um mínimo de consciência:
Imagino ser minha solidão ou saudade de Deus.
Lanço-me  a uma terna contemplação
E volto-me para Deus em oração.

Percebo minha pequenez.
Percebo minha insignificância.
Percebo não estar sozinho.
Percebo necessitar de outros.
Percebo que nada compra o que preciso.
E apenas consigo confessar:
Eu não sou grande!
Eu penso, sinto, sofro,
Amo, e vou me perde dos que amo.
E eles também se perderam de mim.
Vivo procurando prazer como todo ser humano...
Isso sou eu, no pouco que sei dizer sobre mim.
Bancarrota destinatária!
Não sei conhecer-me
Como tudo que é carne e osso feito eu.

                                         

Cristianismo não vende ilusões




"Se você quiser uma religião que te faça feliz, eu não recomendo o cristianismo” (C. S. Lewis)

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós” (Jesus Cristo, em Mateus 5.11)

O que eu mais amo no cristianismo é o seu senso de realidade. O cristianismo bíblico é coerente com a vida. Não se vende ilusões, fantasias e utopias. Não se vende felicidade dos contos de fadas. Ah, não existe “e todos viveram felizes para sempre” e muito menos a promessa de ausência do sofrimento físico, emocional e espiritual. Cristianismo não é autoajuda.

Quem vende ausência de sofrimento certamente ignora o cristianismo. Deus cura? Sim, Ele cura. Mas na maioria das vezes isso não acontece. Deus nos livra de acidentes? Sim, é claro. Mas nem sempre. Deus me ajuda nos momentos de dificuldade? É claro que sim, mas se Ele ajuda é certo que a dificuldade virá primeiro.

Fonte: Teologia Pentecostal

Extraido:ferazaoegraca.