quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Poeta fora do ar


Não são doces estes dias em que mal vivo
Numa dose de realismo pungente...
Sem nenhuma visão romântica da vida que passa por mim.
Não são doces, talvez estejam tão amargos Como mal vindos ao ser que tem os tidos.
É já estou cansado de tudo que vejo O desfecho da desilução antes encantada.
A lágrima negada por não haver na alma comoção.
E a loucura dada em lugar de consolação.
Consolação que tinha no lago onde sempre encontrava sabedoria.

Procuro hoje estes doces feitos de ilusão
Que adoçam a vida, que endoçam a alma,
Que doseiam um sentido para ser, ser mais esclarecido.

A verdade que quero, é que não entendam esta poesia!
Deixe-me parecer sem objetivo nela
Este eo meu momento de loucura!
Quem nunca foi louco uma vez na vida?
Que não mereça sentir outra vez na mente esta mordaça.
Para recomeçar pelo doce depois que tudo foi amargo.
Para acordar num novo dia, dai liberto com seu ser mais afavél,
Apois ter andado tão cansado, triste e cabisbaixo.

Está poesia não é bela!
Não perscruto neste instante encontrar beleza alguma
So desejo entender o que é isto que tanto sinto
Como afásia do que se sente, e do que se pensa
Esta bagunça de tudo por dentro, no ventre

 Deve ser loucura para depois achar sabedoria
Deve ser bagunça para depois organizar-se
Deve ser vontade do descanso para depois levantar-se.

Ou seria tudo isto as vaidades dos dedos e da mente do poeta
Escrevendo e pensando sem rumo onde chegar.
Ou talvez as lacunas que as palavras deixam
Para outras poder chegar e nos textos se abrigar.
Ou é isso tudo que passa na mente do autor
Quando ele está fora do ar.
Ou em reiniciação de tudo, para poder novamente se religar.
Ou é a poesia fora do ar que mesmo assim sai de dentro do poeta tentado o reiniciar.

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